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Fim do Mundo em Kuecas (15º episódio)


Estou de volta camaradas... e mais pesado que nunca!


Venho aqui reportar a minha, aliás nossa (porque segundo o registo civil tem de ser assim) viagem de lua-de-mel…


Primeiro que tudo quero salientar que nunca na minha vida tinha viajado de avião e para começar nada melhor que um pequeno percurso de nove horas, para que no fim não restassem dúvidas acerca de tal epopeia, obrigado White por me baptizares…


Chegados a Cuba deparamos logo com uma prova da imponência daquele país, o aeroporto internacional de Varadero! Aquilo era tão grande e moderno que fazia parecer do aeródromo de Palmeiras, em Braga, o aeroporto de Heathrow, em Londres!!!

Depois de todos os controlos obrigatórios, que incluíram uma conversa com um segurança na zona dos passaportes (depois de ter dito que era militar!), iniciámos a jornada turbulenta de duas horas de autocarro até à capital do El Comandante, Havana.

Como o FdMeK não gosta de coisas simples e a operarem na perfeição, resolveu esquecer-se de uma mochila dentro da camioneta com umas tralhas essenciais à viagem, só para “apimentar a coisa”.


Sobre Havana, um apontamento importante, a palavra higiene não faz parte do dicionário, seguidamente as pessoas são todas muito simpáticas e morenas, umas do Sol outras sabe-se lá do quê (fazem-me lembrar uma amiga minha), a papinha é idêntica à nossa dieta dita mediterrânica mas com menos plástico, e foi sempre seguro andar por toda a cidade a “penantes” (já que o dinheiro para o táxi estava no meio da tralha esquecida) visto que pessoal fardado não faltou, mais parecia uma festa de carnaval… A cidade em si parece um filme dos anos cinquenta quer pelos carros que ninguém sabe a marca ou modelo até às habitações onde acho que nem o meu Bolinhas merecia dormir...

Do hotel Habana Libre, as cinco estrelas só no nome, porque até o meu antigo quarto de solteiro era mais aconchegado ao fim de dois meses sem ser limpo do que os aposentos naquela torre.


Em Caio Coco, paraíso no meio de umas ilhotas cubanas, ao estilo da Ria Formosa mas com coqueiros e sem construções ilegais, a vida passa sem horas para nada senão para a alimentação (comida+cocktails) e soneca, entre as duas opções passávamos pela praia só para confirmar se a água do mar mantinha a confortável temperatura de vinte e cinco graus. O pormenor do alojamento nas margens de um lago, mas do lado aquoso, foi o que mais nos marcou, não pelo pôr-do-sol nem pelo romantismo, mas pelo prazer de atirar pão aos peixes.


Resumindo, com uma caixa de charutos e uma garrafa de Rum na mala, para além das queimaduras solares controladas, a nossa aventura no maior museu vivo da Humanidade terminou com mais oito horas de percurso para voltar à nossa irónica Capital, Lisboa, com a infelicidade de não termos tido tempo de ir dar uma “passa” com o Fidel.


PS: A ida e volta de Havana para Caio Coco foram efectuadas na Air Caribbean, viagem rápida e confortável com a excepção das aterragens. Já agora para quem não sabe foi um avião igual que se despenhou uma semana depois no centro de Cuba, ou seja, o FdMeK nunca esteve tão próximo de um desastre aéreo…



André